O jornal USA Today divulgou tal acontecimento nesta terça-feira, 20, em notícia sob o título “Índios atacam oficial brasileiro por cause de represa”. A notícia começa relatando que índios pintados e “cobertos de penas” golpearam o engenheiro Paulo Rezende, durante um protesto contra a proposta de construção de uma represa hidrelétrica.
O ataque aconteceu após o discurso do engenheiro, no qual discutiu os impactos que a represa Belo Monte teria sobre as comunidades tradicionais da cidade amazônica de Altamira. Logo após o ataque, Rezende apareceu sem camisa e com uma profunda ferida em seu braço, mas dizia que estava bem, e foi rapidamente levado ao hospital por seus colegas.
Na notícia, um dos integrantes da tribo, Partyk Caiapó, se pronuncia dizendo que Rezende tinha sorte de estar vivo e complementou dizendo que “eles querem fazer a represa, mas agora sabem que não devem”. Depois do ataque, Partyk, que segundo a publicação tinha o rosto pintado de vermelho e não vestia nada mais do que um short azul, e outros indígenas, dançaram e celebraram com facões nas mãos.
Segundo o governo brasileiro a hidroelétrica de quase sete bilhões de dólares suprirá a crescente necessidade energética brasileira. Em seu discurso, Rezende disse que os impactos resultantes da construção da represa não serão tão ruins como os ambientalistas dizem.
Segundo o site do USA Today, a polícia está investigando o acontecido, mas ainda não tem suspeitos. Não ficou claro quem teria cortado Rezende. A notícia também relembra um caso bastante similar, ocorrido em 1989, onde um também engenheiro da Eletrobrás teria sido golpeado no rosto. Na época, depois deste incidente, o Bando Mundial cancelou os empréstimos para o Brasil, destinados à construção de represas.
Casos como este de Rezende, são assustadores. Claro que as represas hidrelétricas com certeza representam riscos para as comunidades indígenas que vivem próximo ao Rio Xingu, e para a biodiversidade. A construção destas tem que ser muito bem estudadas. Porém, isto não justifica a violência cometida contra o engenheiro Paulo Fernando Rezende.
Fonte: USA Today
Foto: USA Today
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